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Guerra

  • Foto do escritor: "Zé"
    "Zé"
  • 19 de abr. de 2018
  • 4 min de leitura

Antes de mais, este vai ser labiríntico. Considerem-se preparados para viajar. Mas atenção, viajar, exige compromisso.


Este espaço não é um canto fofinho que vos transmite conforto ao fim do dia e vos preenche de nada...


Continuando...


É importante perceber que o conceito de guerra advém da ausência de paz seja lá qual for a origem ou contexto do mesmo.


Mas, sobre uma coisa, não temos dúvidas, o que desejamos é a paz... Mas... Já lá vamos...


Devemos questionar-nos sobre o seguinte: "Quem ou o "quê", ou quem e "quê", é que estipulam a paz? E a guerra?"; "O que é que houve primeiro, a guerra ou a paz?"


Já te perdeste, óptimo, estás em viagem.


Podíamos responder imediatamente a qualquer uma das perguntas, mas qualquer resposta imediata estaria errada.


Errada, no sentido em que não pode ser feito um juízo de valor superficial sobre conceitos tão profundos, complexos e interdependentes como estes.


Passo a explicar, é impossível definir o que surgiu primeiro e que maioria ou minoria (ou "quê") define o contexto em que a paz e a guerra se definem e aplicam enquanto conceito porque acabam por ter uma presença constante no mundo desde a sua origem, tendo, por isso mesmo, sofrido mutações ao longo do tempo.


A competição, a luta pela sobrevivência e a adaptação, desde muito cedo corromperam a noção de estabilidade absoluta. Terá isto dado origem à guerra? Ou terá a paz nascido como um estado utópico e assim se perpetuado?


Nem uma coisa nem outra, porque o motivo subjacente ao conflito existente pressupunha premissas meramente instintivas, e por isso, inimputáveis. E até certo ponto, foi este caminho de concertação, sobrevivência e adaptação que nos fez chegar aqui, até nós.


Nós somos fruto de um conflito harmonizado de premissas instintivas (caso a Teoria da Evolução de continue a verificar), como se agora a racionalidade estivesse a ser testada no tempo... E como ser "testado" implica sempre reprovar ou ser aprovado...


Várias fases temos ultrapassado. Desde o polegar oponível ao primeiro passo em dois apoios, à clonagem, à lua... até à estupidez...


Quem criou a guerra e paz propriamente ditas, fomos nós, e criámo-los ao mesmo tempo.


Sendo produtos racionalizados quisemos dar nome às coisas e desresponsabilizar-nos criando motivos que justificassem um e outro, sabendo que isso criaria uma prisão conceptual, tornando tudo mais confortável...


Mas conforto não é aceitação, e nunca podemos aceitar esta ideia porque a criação destes conceitos contém premissas que pressupõem a intervenção da razão, sendo por isso imputáveis. Mas falta coragem... Falta razão...


Desde quando é que faz parte de um bicho da mesma espécie atentar contra a proliferação de semelhantes?


Que eu saiba, o reino animal (ao qual pertencemos, para o caso de serem esquecidos...) foi criando mecanismos para que isso nunca acontecesse de modo a aumentar a probabilidade de sucesso de proliferação da mesma espécie, apenas introduzindo mecanismos "canibais" para situações de desespero eminentes...


Mas não, a "razão" interveio e criou objectos de caça que foram promovidos (pela nossa estupidez) a armas de guerra, tendo sido alterada a sua percepção de utilidade fazendo com que a existência de "armas de guerra" se instrumentalizasse como o porpósito da sua existência, viraram brinquedos...


De facto, a nossa estupidez assume um papel preponderante, o papel em que reprovamos completamente enquanto espécie uma vez que através da nossa "diversão fútil e egocêntrica" negligenciamos as consequências para a maioria.


O que nós queremos é brincar com os nossos "brinquedos" e provar que os nossos são "melhores que os deles". E esta lógica do "melhores que os deles" transporta-se para tudo na vida, infelizmente.


Reprovamos constantemente e tentamos sobreviver de cábulas...


A guerra e a paz, começam em nós, na nossa capacidade de afugentar e dos nos desviarmos da estupidez. A guerra e a paz, antes de virem "cá para fora", estão dentro de nós, mas por vezes, o conflito é tão extenuante que optamos pela via fácil... a estupidez... a guerra ganha...



Voltemos à base, ao que nos colocou aqui, ao que aqui viemos fazer, ao que queremos deixar... Esta coisa da racionalidade tem muito que se lhe diga, outrora uma vantagem competitiva, hoje uma ausência de paz e guerras constantes.


A verdadeira guerra e ausência de paz, têm origem na desumanização e na prevalência da estupidez. Normalmente, estando a ser "testado", prefiro tentar ser aprovado. Dispenso demitir-me do que somos e caminhar para uniformização da estupidez com a agravante, de a prazo, estar a preparar a minha substituição por robôs e outras formas de inteligência estúpidas.


É tudo tão mais simples, há tantas outras formas de "viver e brincar".


A "guerra boa", não é brincadeira, é progresso, ruptura de paradigma e evolução. Deixem de ser estúpidos e de perpetuarem a estupidez todos os dias.


Está tudo ao nosso alcance, temos tudo o que precisamos para um mundo melhor, menos estúpido, mais humano.


Eu quero contribuir e quero deixar um mundo melhor.


Ninguém pede para nascer, submeter-se e ter que compactuar com um mundo estúpido...


Nem Sírios, nem Portugueses, nem Cães abandonados, nem Flores...


O Sol continua a vir e a ir com a mesma esperança...


A equação é simples:


Nós - Estúpidos = + Paz - Guerra (Má) = +Harmonia = + Humanismo


E pronto, já aterrámos...


Obrigado por viajares comigo!








ree


 
 
 

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