Liberdade
- "Zé"
- 28 de fev. de 2018
- 2 min de leitura
Afinal, o que é isso de ser livre?
Como pode um conceito tão indefinível e fértil estar espartilhado por preconceitos que limitam a plenitude daquilo que representa verdadeiramente ser livre?
Como podem misturar uma irreverência estereotipada com a verdadeira liberdade?
Como se, alguma vez, essa mensagem subliminar de auto resolução que tentam transmitir fosse uma consequência directa de serem livres… Nada mais errado.
Hoje vivemos presos e compartimentados, querem-nos e queremo-nos aos poucos…ninguém vê o inteiro, ninguém (de facto) valoriza o inteiro por princípio… Apontamos a mira ao que gostamos e disparamos os alarmes! De repente, algo ou alguém merece a nossa atenção por ter "coisas" que gostamos… "coisas" nossas… logo aí, remetemos o valor das pessoas e das coisas ao que somos e não ao que são, não há moeda de troca nem câmbio, a única moeda é a nossa e é a que vale mais, sempre. Ninguém admira verdadeiramente a diversidade nem abraça o choque da diferença, repele-a, não usufruindo do conhecimento e da experiência que apenas a diferença traz.
Ninguém gosta do SER Humano que chora, que ama, que grita, que luta… Só gostam da falsa ideia da implacabilidade de SER… SER robótico, SER que corresponde...
É aqui que reside a forma como somos e deixamos os outros serem livres!
De facto, vivemos num mundo opressor que nos vende uma falsa concepção de liberdade...
Quem é verdadeiramente livre não é apreciado, muito pelo contrário, é visto como alguém que dá trabalho, que é difícil de lidar, que questiona demais, alguém que, no fundo, abraça uma plenitude que a maioria esqueceu mas que também não quer lembrar.
Hoje, quem apregoa autenticidade sem viver num mundo livre, mente!
Ninguém pode ser autêntico num mundo que constantemente reprime...
É triste ver como nos é negada a plenitude do nosso SER...
O que nos fizeram...
O que nos fizeram, foi fazer-nos acreditar que podemos ter tudo, incluindo liberdade, mas a liberdade não se tem, não se compra, apenas se é ou não livre por vontade da abertura de horizontes e de viajarmos por nós e pelo(s) outro(s).
Agora, não podendo ter tudo, porque não romper com as amarras da pseudo censura social e sermos tudo?
Só temos que nos permitir ser, ouvir, dialogar, parar, captar e pensar... de verdade!
O que vivemos não é o que somos, e por isso, a ausência de preconceito também é uma parte fundamental daquilo que nos aproxima de sermos livres num mundo opressor.
Por isso e mais uns pormenores, antes de se posar "liberdade" e se é liberdade que queremos transmitir, é melhor pensar primeiro…
Será que sou livre?

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